segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Capítulo 2 - Parte XIV

Materiais de construção e habitações

Como 4 mil metros quadrados (1 acre) de cânhamo produz fibra de celulose tanto quanto 16 mil metros quadrados (4,1 acres) de árvores*, ele é o melhor material para substituir as árvores utilizadas na produção de vários tipos de madeira e no concreto utilizado nas construções.

* Dewey & Merrill, Bulletin #404, United States Dept. of Agriculture, 1916.

Material barato para construção barato, com resistência ao fogo, prático e com excelente isolamento acústico, é feito aquecendo e comprimindo as fibras das plantas para criar painéis bem sólidos, substituindo o drywall e a madeira compensada.

A corporação William B. Conde of Conde’s Redwood Lumber, Inc., próximo de Eugene, Oregon, em conjunto com Washington State University (1991-1993), demonstrou a superioridade dos materiais de construção feitos de cânhamo: mais vigoroso, flexível e econô
mico se comparado as fibras e vigas de madeira.

Isochanvre, um material de construção francês redescoberto feito de barreiras de cânhamo misturadas com cal, se petrifica em um estado mineral e dura séculos. Arqueólogos encontraram uma ponte no sul da França do período merovíngio (500-751 D.C.) que foi construída dessa forma.

(See Chènevotte Habitat of René, France in Appendix I of the paper version of this book.)

O cânhamo tem sido usado por toda a história para revestir tapetes. A fibra tem grande potencial na fabricação de tapetes rijos, mas não resistentes – eliminando a fumaça tóxica da queima comercial ou caseira de materiais sintéticos, junto com reações alérgicas associadas às novas práticas sintéticas de tapeçaria.



Canos PVC podem usar celulose de cânhamo (que é renovável) como matéri
a-prima, substituindo as não renováveis, como o carvão ou químicas com base no petróleo. E assim nos poderemos ter uma visão da construção de uma casa no futuro, construída, pintada e mobiliada pela melhor fonte renovável – o cânhamo.


O capítulo 1 já pode ser baixado através desse link, que se encontra na parte lateral direita do site! Clique aqui para a versão em inglês. Qualquer dúvida, sugestão ou crítica, poste um comentário.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Capítulo 2 - Parte XIII

Óleos vegetais e proteínas

Sementes de maconha eram regularmente usadas em mingais, sopas, sopas de aveia e praticamente toda a população mundial até esse século. Para os monges, era exigida a ingestão de pratos de sementes de cânhamo três vezes por dia, tecer suas roupas com esse material e fazer suas bíblias com a sua fibra.


(See Rubin, Dr. Vera, “Research institute for the Study of Man”; Eastern Orthodox Church; Cohen & Stillman, Therapeutic Potential of Marijuana, Plenum Press, 1976; Abel, Ernest, Marijuana, The First 12,000 Years, Plenum Press, NY, 1980; Encyclopædia Brittanica.)


Óleos altamente nutritivos podem ser extraídos das sementes, contendo a maior variedade de ácidos graxos essenciais do reino vegetal. Eles são responsáveis pelas nossas reações imunológicas e para limpeza das artérias.

Os subprodutos desses extratos têm as proteínas de seed cake da mais alta qualidade. Ela pode ser germinada (maltada) ou cozida em bolos, pães e em caçarola italiana. As proteínas encontradas na semente de maconha são umas das mais completas e excelentes da humanidade. Semente de maconha é a fonte mais completa de nutrição humana.


(Veja o debate sobre os edistins e os ácidos graxos essenciais, capítulo 8)


A semente de cânhamo era – até a proibição em 1937 – a mais usada em alimentos para pássaros, tanto silvestres quanto domésticos. Era a semente favorita dele
s*; cerca de quase dois milhões de quilos de sementes de cânhamo eram vendidas a varejo nos EUA em 1937. Os pássaros sempre escolhiam, dentre várias misturadas, a semente de cânhamo. Os que tinham essa semente na sua dieta viviam e reproduziam mais, usando o óleo para plumagem e para uma saúde balanceada.

(Veja mais no capítulo 8, “O cânhamo como alimento-base para o mundo.)

*Testemunho do Congresso dos EUA, 1937; “Pássaros canoros não cantarão sem ela”, os produtores de alimentos de pássaro alegaram ao Congresso. Resultado: sementes de maconha esterilizadas começaram a ser importadas para os EUA da China, Itália e outros países.

As sementes não são capazes de entorpecer humanos ou os pássaros. Apenas minúsculos traços de THC são encontrados na semente.

Elas também são a isca preferida de muitos pescadores na Europa. Os pescadores compram pacotes de sementes de cânhamo em lojas de iscas, lançam em rios e lagoas, deixando os peixes alvoroçados e acabam sendo pegos pelo anzol.


Nenhuma outra isca é tão eficiente, fazendo com que ela se torne o mais desejado e nutritivo alimento por humanos, pássaros e peixes.


(Jack Herer’s personal research in Europe.) (Frazier, Jack, The Marijuana Farmers, Solar Age Press, New Orleans, LA, 1972.)

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Capítulo 2 - Parte XII

A maconha como medicação

De 1842 até meados de 1890, uma maconha muito potente (nesse tempo conhecida como extratum de cannabis) e extratos de haxixe, tinturas e elixires eram o segundo e terceiro remédios mais usados na América por humanos (do nascimento até a velhice) e em medicina veterinária até um pouco mais da década de 20.

(Veja mais no capítulo 6, “A maconha como medicação” e no capítulo 13, “Século XIX”)




Como foi dito antes, por pelo menos 3.000 anos, principalmente em 1842, vastos extratos de maconha (flores, folhas, raízes etc) eram os mais comuns e amplamente usados na maioria das enfermidades humanas.


Porém, na Europa ocidental, a Igreja Católica Romana proibiu o uso da cannabis e qualquer tratamento médico, exceto por álcool e a sangria, por mais de
1200 anos.

(Veja mais no capítulo 10, “Sociologia”)



O registro e a tributação começaram a ser exigidos pela tesouraria nacional dos EUA para o uso profissional da maconha medicinal.
Fonte: http://www.glenwoodsmith.com/

A farmacopéia estadunidense indicava que a cannabis deveria ser utilizada para o tratamento de: fadiga, crises de tosse, reumatismo, asma, delirium tremens*, enxaqueca, cólicas e depressões menstruais.


(Professor William Emboden, Professor of Narcotic Botany, California State University, Northridge.)

*O delirium tremens é uma psicose causada pela abstinência ou suspensão do uso de drogas ou medicamentos frequentemente associada ao alcoolismo, mas que também pode se apresentar com o uso prolongado ou abusivo de benzodiazepínicos ou barbitúricos. Assim, é uma forma mais intensa e complicada da abstinência.

Fonte: Wikipédia.


A rainha Vitória (que reinou durante 63 anos e foi chefe de estado d
e todo o Império Britânico que ainda incluíam Canadá, Austrália, Índia e vastos territórios na África) usava resina de maconha para as suas cólicas menstruais e suas TPMs. Seu reinado, que foi de 1837 até 1901, aconteceu em paralelo ao enorme crescimento do uso da cannabis indiana como medicamento nas partes do mundo em que se falava inglês.

Nesse século, pesquisas sobre a cannabis têm mostrado valores terapêuticos – e em completa segurança – no tratamento de muitos problemas de saúde, incluindo asma, glaucoma, náuseas, tumores, epilepsia, infecções, estresse, enxaquecas, anorexia, depressão, reumatismo, artrite e possivelmente herpes.


(Veja o capítulo 7, “Usos terapêuticos da cannabis”)

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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Capítulo 2 - Parte XI

Óleos para iluminação


Até cerca de 1800, óleo de semente de maconha era o mais consumido para iluminação na América e no mundo. Mas até que em 1870, começou a perder para o óleo de baleia e passou a ser o segundo mais usado.

Óleos de cânhamo acenderam lâmpadas de muita gente: o legendário Ala
din, Abraham, o profeta, e na vida real, Abraham Lincoln. Era o óleo que mais brilhava.

Depois da descoberta de petróleo na Pensilvânia em 1859 e a administração do petróleo nacional iniciada em 1870 por Rockefeller, a prática foi substituída por petróleo, querosene etc.

Aliás, o célebre botânico Luther Burbank afirmou: “A semente [de cannabis]
é valorizada em outros países pelo seu óleo, e o seu abandono aqui explica o desperdício dos nossos recursos na agricultura.”

(Burbank, Luther, How Plants Are Trained To Work For Man, Useful Plants,
P.F. Collier & Son Co., NY, Vol. 6, pg. 48.)

Energia da Biomassa

No começo do século 20, Henry Ford e outros engenheiros que eram considerados gênios e futurísticos por defenderem o uso da energia da biomassa (a herança intelectual e científica ainda são referência), concordaram em um ponto: mais de 90% de todos os combustíveis fósseis usados no mundo hoje em dia (carvão, petróleo, gás natural etc) já, há muito tempo, deveriam ter sido substituídos pela biomassa de milho, cannabis, resíduos de papel e similares.

*O governo e corporações de petróleo e carvã
o, etc; irão sempre teimar que a queima de combustíveis de biomassa não são melhores que os combustíveis fósseis, assim como a poluição; mas isso é evidentemente falso.

E por quê?

Diferente dos combustíveis fósseis, a biom
assa vem de plantas (não extintas) que continuam a exonerar o dióxido de carbono da nossa atmosfera enquanto elas crescem, pela fotossíntese. Ainda mais, combustíveis de biomassa não contém enxofre.


Isso pode ser realizado se o cânhamo for plantado para biomassa e então convertido por pirólise (aquecimento a altas temperaturas) ou pela compostagem de bioquímicos em combustíveis para substituir o uso do combustível fóssil*.


*Notavelmente, considerando que o nosso planeta tem climas e solos muito distintos, a cannabis é pelo menos quatro vezes mais rica, auto-sustentável, potente em biomassa e celulose renováveis do que todas as plantas concorrentes – milho, cana-de-açúcar, árvores kenaf etc.

(Solar Gás, 1980; Omni, 1983; Cornell University; Science Digest, 1983; etc.)

Veja também o capítulo 9, “Ciência da economia”.


Um dos frutos da pirólise, o metanol, é usado hoje pela maioria dos carros de corrida e foi utilizado na rotina de muitos fazendeiros norte-americanos desde 1920, quando começou a disputa petróleo x metanol.


Metanol pode também ser convertido gasolina lead free (sem chumbo) de alta octanagem por meio de um processo catalítico desenvolvido pela Universidade de Tecnologia da Geórgia em parceria com a Corporação Mobil Oil.



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