segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Fim do capítulo 2!

Depois de 20 semanas, finalmente o capítulo 2 chegou ao seu fim!
Você pode conferir na íntegra nesses links:

http://www.scribd.com/doc/45614106/Capitulo-1-e-2-revisados (p/ visualizar)
http://www.megaupload.com/?d=28SP1HTK (p/ baixar)



Capítulo 3

Fevereiro de 1938, Popular Mechanics:

“A SAFRA BILIONÁRIA”

Fevereiro de 1928, Mechanical Engineering:

“A MAIS RENTÁVEL E DESEJADA SAFRA QUE SE PODE PLANTAR”



A modernidade estava quase atingindo a produção de cânhamo, o fazendo fonte número nos EUA. Dois dos mais respeitados jornais da região, Popular Mechanics e Mechanical Engineering, previram um ótimo futuro para o cânhamo americano. Milhares de produtos criando milhões de novos empregos que poderiam acabar com a grande depressão. Ao invés disso, o cânhamo estava sendo perseguido, banido e esquecido pela licitação de W.R. Hearst, que rotulou o cânhamo como “a erva mexicana matadora, a maconha”.

Antes de 1901 e depois de 1937, o departamento da agricultura dos EUA repetidamente previu que, uma vez que uma máquina capaz de colher, descascar e separar a fibra da polpa fosse inventada, o cânhamo poderia voltar a ser a cultura agrícola número 1 da América. A apresentação do decorticador de G.W. Schlichten em 1917 quase realizou essa profecia.




Essa “profecia” foi reafirmada pela mídia popular quando o Popular Mechanics publicou em fevereiro de 1938 um artigo chamado “A safra bilionária”. Por causa do planejamento e dos prazos, a Popular Mechanics preparou esse artigo ainda na primavera de 1937 quando o cânhamo, usado para produção de fibras, papel, dinamite e óleo, ainda era legal e era, na verdade, uma indústria incrível se expandindo rapidamente.

Relatórios da USDA (departamento de agricultura dos EUA) durante a década de 30 e depoimentos do congresso, mostraram que a plantação de cânhamo tem dobrado nos EUA quase a cada ano, de 1930 – quando 1.000 acres foram plantados – até 1937 – quando 14.000 foram cultivados – com planos de duplicá-los anualmente num futuro próximo.

Como você verá nesses artigos, a nova indústria mecanizada da cannabis estava apenas começando, mas exatamente no caminho de transformar a planta na maior safra agrícola dos EUA. E, em face aos seus desenvolvimentos subsequentes (energia da biomassa, tecnologia, materiais de construção etc) sabemos agora que o cânhamo é a fonte ecológica mais importa do mundo, e, portanto, a maior atividade do planeta.

No artigo da Popular Mechanics que foi utilizado pela primeira vez na história o termo “bilhão de dólares”* para uma safra agrícola!
*O equivalente a $40-$80 bilhões atualmente.

Especialistas hoje estimam que, uma vez que restaurado inteiramente, as indústrias de cânhamo gerariam entre $500 bilhões e $1 trilhão de dólares por ano e salvaria nosso planeta e a civilização, os combustíveis fósseis e seus derivados e é claro, acabaria com o desmatamento!

Se Harry Aslinger, Dupont, Hearst e os seus políticos comprados (não se sabe, mas é como os dias de hoje) não tivessem proibido a maconha – e reprimido o conhecimento sobre o cânhamo de nossas escolas, pesquisadores e até de cientistas; as previsões desses artigos já teriam se tornado verdade – e mais benefícios do que qualquer um possa imaginar – assim como as novas tecnologias e seus usos continuariam a se desenvolver.

Como um grande amigo de Jack Herer dizia: “Esses artigos foram as últimas palavras honestas a respeito do cânhamo por mais de 40 anos...”

Clique AQUI para ler os dois artigos ou AQUI para baixar!

domingo, 19 de dezembro de 2010

A esquizofrenia e a maconha

Eu acho engraçado como a mídia educa o povo, a maioria da população brasileira acha que maconha só se fuma e ponto final.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1510303-5603,00-USO+PROLONGADO+DE+MACONHA+PODE+DOBRAR+RISCO+DE+PSICOSE+DIZ+ESTUDO.html

Na verdade, não a maconha, mas sim quem a FUMA! E muito! Lembrando que ela não serve só pra isso!

"Jovens que fumam cannabis ou maconha por seis anos têm o dobro da probabilidade de sofrer episódios psicóticos, alucinações ou delírios do que pessoas que nunca usaram a droga, informaram cientistas nesta segunda-feira (1º)."

E o que não é citado:

"Na população geral, o risco de um indivíduo adoecer de uma esquizofrenia durante a vida é de 1%."

Fonte: http://www.neurociencias.org.br/pt/564/esquizofrenia/

Ou seja, se você for um fumante assíduo durante 6 anos, a chance dobra de 1% para 2%.

Não estou desmerecendo o poder maléfico do uso prolongado da maconha, mas eu acho que há de se preocupar com outras coisas...

"Os resultados mostraram que o aumento de risco de desenvolver o alcoolismo era quase 50% maior nos jovens que se iniciavam no álcool antes dos 18 anos de idade."

Fonte: http://www.portalser.com.br/portalser/publier4.0/texto.asp?id=583

Na boa, alguém espera fazer 18 anos para beber?

Também encontrei isso, sobre fumantes passivos:


"1 - Em adultos não-fumantes:
• Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;

• Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.
"

E o mais bizarro:

"3 - Em bebês:
• Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
• Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa."

Fonte: http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=passivo&link=tabagismo.htm

"Não é possível precisar que quantidade de álcool causará cirrose em determinada pessoa, entretanto, doses acima de 20g de álcool por dia, o equivalente a duas latas de cerveja ou duas taças de vinho, ou duas doses de destilado, são suficientes para, em certos homens, causar doença. Em mulheres, a metade desta dose, ou seja, 10 gramas de álcool por dia, já pode provocar cirrose. "


Só grafei o "duas latas de cerveja" porque achei interessante essa quantidade tão "pequena" pode causar tanto estrago. Geralmente os estudos que relacionam o uso da cannabis a doenças, as quantidades são astronômicas:

"In the study, researchers used high-resolution magnetic resonance imaging to compare the brain structure of 15 men who smoked more than five joints of marijuana daily for more than 10 years with images from 16 men who did not smoke pot."

"No estudo, pesquisadores usaram máquinas de ressonância magnética com alta resolução para comparar a estrutura cerebral de 15 homens que fumaram MAIS QUE 5 CIGARROS DE MACONHA DIARIAMENTE POR MAIS DE 10 ANOS com imagens de 16 homens que nunca fumaram maconha."

Fonte: http://www.webmd.com/brain/news/20080602/marijuana-use-may-shrink-the-brain

Falando em pequenas quantidades, encontrei esse estudo:

Moderate Alcohol Consumption Linked To Brain Shrinkage - Uso moderado do álcool ligado ao encolhimento do cérebro.

"A study by researchers at the Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health and other institutions found a link between low to moderate alcohol consumption and a decrease in the brain size of middle-aged adults. Brain atrophy is associated with impaired cognition and motor functions. The researchers also found that low or moderate consumption did not reduce the risk of stroke, which contradicts the findings of some previous studies."

Um estudo feito por pesquisadores da Johns Hopkings Bloomberg School of Public Health e outras instituições encontraram uma ligação entre o consumo moderado de álcool e uma diminuição no tamanho do cérebro de adultos de meia-idade. Atrofia cerebral está associada as funções motoras e a danificação da cognição. Os pesquisadores também descobriram que esse consumo também não diminui a chance de enfarto, que contradiz as descobertas de estudos precedentes.

Fonte: http://www.sciencedaily.com/releases/2003/12/031205052952.htm

Lembrando que QUALQUER SUBSTÂNCIA em excesso pode te causar problemas sérios, inclusive a ÁGUA, como já foi dito aqui:

http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2007/01/15/ult1806u5300.jhtm

"Jennifer Strange, de 28 anos de idade e mãe de três filhos, morreu na sexta-feira depois de beber mais de dois litros de água no concurso 'Hold your Wee for a Wii' (jogo de palavras que em português poderia ser traduzido como segure seu xixi por um Wii), organizado pela rádio KDND 107.9 de Sacramento, Califórnia."

Não quero justificar uma coisa com a outra, mas argumentar contra a cannabis alegando que ela é ou pode ser uma grande causadora de demência na população usando esse tipo de estudo como referência não faz muito sentido.

Também quero deixar claro que eu não tomo minhas atitudes usando todos esses estudos como parâmetro. Lembrando que são estimativas e que tudo é relativo, mas não deixa de ser interessante.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Capítulo 2 - Parte XX

A hora da colheita


Em agosto, depois de apenas 3 meses de crescimento, a safra de cânhamo de Timken cresceu até seu tamanho máximo: 4,27 m. E ele estava bem otimista com as expectativas. Ele queria viajar para Califórnia e assistir a safra sendo decorticada, vendo com seus próprios olhos como um benfeitor da humanidade que faria com que as pessoas pudessem trabalhar menos horas e ter mais tempo para “desenvolvimento espiritual”.

Scripps, por outro lado, não estava muito otimista com seu estado de espírito. Ele perdeu a fé em um governo que ele acreditou que estava conduzindo o país para a falência por causa da guerra, e que iria cobrar 40% de seus lucros como imposto de renda. Em uma carta escrita por ele em 14 de agosto para sua irmã, Ellen, ele disse:

“Quando o Mr. McRae estava falando comigo que o aumento do preço do papel, que estava pendendo, eu disse a ele que não era tolo a ponto de me preocupar com esse tipo de coisa.”


O preço do papel estava cotado para subir 50%, custando todo o lucro de Scripps, $1.125.000! Ao invés de desenvolver uma nova tecnologia, ele apelou: duplicou o preço do jornal, de 1 centavo para 2 centavos.

O fim

No dia 28 de agosto, Ed Chase mandou seu relatório para Scripps e McRae. O jovem também estava maravilhado com o progresso:

“Acabo de ver uma invenção que, embora seja simples, é maravilhosa. Acredito que vá revolucionar a produção dos alimentos, do vestuário e provendo todas as outras necessidades da humanidade.”

Chase testemunhou a produção de 7 toneladas de cânhamo em apenas 2 dias. Em sua produção máxima, Schlichten previa um resultado de 5 toneladas por dia. Chase percebeu que o cânhamo poderia facilmente suprir as necessidades do jornal de Scripps. Inclusive sobrariam polpas que poderiam ser usadas em negócios paralelos.

McRae, contudo, entendeu a mensagem de que seu chefe não estava mais interessado na produção de papel feito de cânhamo. Sua reação ao relatório de Chase é bem cautelosa:

“Ainda há muito que saber sobre sua praticidade, transportação e produção... que não podemos afirmar sem as devidas apurações.”


Talvez quando seus ideais se confrontaram com o grande trabalho de desenvolvê-los, o aposentado McRae desistiu. Em setembro, a safra de Timken estava produzindo 5 toneladas de cânhamo (1 tonelada de apenas fibra), e ele estava tentando convencer Scripps a abrir uma fábrica de papel em San Diego. McRae e Chase foram até Cleveland e passaram algumas horas tentando convencer Timken que, mesmo que o cânhamo fosse útil para diversos tipos de papéis, uma produção diária de jornais não seria tão econômica. Talvez por tentarem em uma fábrica que originalmente servia para extração de polpa de madeira para papel de celulose.

A essa altura, Timken já estava bem afetado pela economia de um período de guerra. Ele esperava pagar 54% de taxa sob seu rendimento e estava tentando pegar $2 milhões emprestados com 10% direcionados a reconstrução de máquinas de guerra. O homem que não podia esperar para chegar à Califórnia algumas semanas antes já não tinha mais expectativa de ir até o fim do inverno. Ele disse a McRae:

“Acho que estarei ocupado demais procurando negócios nessa parte do país.”
O decorticador voltou à tona na década de 30, quando foi cotado como a máquina que faria do cânhamo uma safra bilionária em artigos de revistas como “Popular Mechanics” e “Mechanical Engeneering” (até a edição de 1993 deste livro, acreditava-se que o decorticador era uma nova invenção naquela época). Mais uma vez, a crescente indústria do cânhamo foi interrompida, dessa vez por causa do Marijuana Tax Act, de 1937.


Footnotes: 1. World Almanac, 1914, p. 225; 1917. 2. Forty Years in Newspaperdom, Milton McRae, 1924 Brentano's NY 3. Scripps Archives, University of Ohio, Athens, and Ellen Browing Scripps Archives, Denison Library, Claremont College, Claremont, CA.

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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Capítulo 2 - Parte XIX


Semeando a ideia


Em maio, depois de vários encontros com Timkin, Scripps pediu que McRae investigasse a possibildade de usar o decorticador na produção de papel para impressão. McRae ficou muito empolgado com a idéia. Ele chamou o decorticador de “uma grande invenção... que não só vai render um grande serviço ao país, mas como vai ser um grande lucro... ele pode revolucionar as condições atuais.” No dia 3 de agosto, próximo a época da colheita, um encontro foi marcado entre Schlichten, McRae e o administrador do jornal, Ed Chase.


Sem o conhecimento de Schlichten, McRae pediu para que seu secretário gravasse a conversa em taquigrafia*. O documento resultante dessa gravação, que mostra o extenso conhecimento de Schlichten encontrada até hoje, está disponível integralmente no apêndice do livro.




*Taquigrafia ou estenografia (do grego taqui = rápido e grafia = escrita) é um termo geral que define todo método abreviado ou simbólico de escrita, com o objetivo de melhorar a velocidade da escrita ou a brevidade, em comparação a um método padrão de escrita.

Fonte: Wikipédia.

Schlichten estudou minuciosamente uma grande variedade de plantas utilizadas para a produção de papel, entre eles, o milho, algodão, iúca, teixo etc. O cânhamo parecia ser a sua favorita:

“A produção de cânhamo é um grande êxito e fará papel da mais alta qualidade, diferente dos habituais em estoque.”


O seu papel de cânhamo ainda era melhor do que o produzido pela USDA (departamento de agricultura dos EUA), ele reivindica, até porque o decorticador eliminou o processo de maceração, deixando para trás apenas pequenas fibras e uma cola natural que mantinha o papel todo junto.

Os níveis de produção de cânhamo em 1917 fizeram com que Schlichten produzisse antecipadamente 50 mil toneladas de papel por ano com o preço de $25 a tonelada. Isso era menos que 50% do preço das folhas de impressão da época! E como todo hectare de produção de cânhamo vira papel, Schlichten acrescenta, preservaria 5 hectares de florestas.

McRae estava muito impressionado por Schlichten. O homem que participou de refeições em que estavam os presidentes e os capitães da indústria, escreveu para Timken:

“Eu quero deixar claro que o Mr. Schlichten realmente me impressionou sendo um homem de um grande intelecto e habilidade, e até onde posso ver, ele inventou e construiu uma máquina maravilhosa.”

Ele ordenou que Chase passasse o maior tempo possível com Schlichten e preparasse o relatório.

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sábado, 27 de novembro de 2010

O papel da maconha no combate ao câncer

O tema é muito polêmico e pode gerar reações de todos os tipos. O conteúdo a seguir tem o objetivo de mostrar uma das várias características da planta. O THC é a substância psicoativa principal da planta e tem se mostrado cada vez mais abrangente no tratamento de doenças. Por mais que existam milhares de estudos a seu respeito, ainda é uma molécula muito misteriosa. Sua capacidade e efetividade tem se mostrado controversa por alguns cientistas.


Não tenho experiência nenhuma e claro que sou completamente leigo na área médica, mas a quantidade de informação que tenho visto por aí (estudos, documentários, vídeos, depoimentos) me faz acreditar muito no potencial dessa plantinha. No final do post tem vários trechos de vários estudos diferentes para consulta, tem bastante conteúdo.


As qualidades são incontáveis e discutíveis, mas nesse post quero frisar só o que vem sido 'especulado' sobre as atividades antineoplásicas da cannabis.

Antineoplásicos são medicamentos utilizado para destruir neoplasmas ou células malignas e, tem a finalidade de evitar ou inibir o crescimento e a disseminação de tumores.


O governo americano sabe desde 1975 que a maconha tem essa característica e por anos tentou esconder o primeiro estudo que chegou a essa conclusão.


A verdade começa a vir a tona...


Rick Simpson sofreu um acidente e começou a usar o óleo da semente de cânhamo para se tratar. Quando percebeu que o extrato era capaz até de combater o câncer, fez um documentário em que se explica tudo: como ele tratou os pacientes, como fazer o óleo, a dosagem etc.

É importante frisar que ele até se posiciona contra o fumo, alegando ser muito pouco provável que se tenham os mesmos resultados. Hoje em dia, Rick está na Europa pois essa prática que já salvou vidas ainda se encontra "ilegal".

Esses dias, descobri que um americano chamado David Triplett utilizou o extrato para combater seu câncer de pele. Ao pesquisar e se deparar com os resultados do tratamento convencional, ficou muito assustado e resolveu pesquisar sobre métodos alternativos. Um amigo acabou indicando o filme de Rick Simpson, Run from the cure.

David fez um vídeo explicando como ele chegou até a cannabis e porquê. Ele registrou seu tratamento de câncer de pele com fotos, comparou com o convencional e mostra o quão efetivo o extrato pode ser. É extremamente importante que esse vídeo seja passado adiante!

Em parceria com o Hempadão, mais uma tradução exclusiva:



E agora alguns trechos de estudos que mostram o poder antineoplásico da cannabis:



"Cannabis may be bad for the lungs, but the active ingredient in marijuana may help combat lung cancer, new research suggests."

"A cannabis pode ser ruim para os pulmões, mas o componente ativo pode ajudar a combater o câncer de pulmão, sugerem pesquisas."

"Moreover, other early research suggests the cannabis compound could help fight brain, prostate, and skin cancers as well, Preet says."

"Além disso, novas pesquisas sugerem que o composto encontrado na cannabis pode ajudar a combater câncer de cérebro, próstata e de pele também, Preet diz."

"In the new study, the researchers first demonstrated that THC inhibited the growth and spread of cells from two different lung cancer cell lines and from patient lung tumors. Then, they injected THC into mice that had been implanted with human lung cancer cells. After three weeks, tumors shrank by about 50%, compared with tumors in untreated mice. "

"Em um novo estudo, pesquisadores pela primeira vez demonstraram que o THC inibiu o crescimento e propagação de células de duas diferentes linhas de células de câncer de pulmão e de tumores nos pulmões dos pacientes. E então injetaram THC em ratos que tiveram células de câncer de pulmão humano implantadas. Depois de três semanas, os tumores se reduziram 50% se comparado aos tumores dos ratos não tratados com THC."

Fonte:
http://www.webmd.com/lung-cancer/news/20070417/marijuana-may-fight-lung-tumors


"The active chemical in marijuana promotes the death of brain cancer cells by essentially helping them feed upon themselves, researchers in Spain report."

"O componente químico ativo na maconha promove a morte das células cancerígenas no cérebro por essencialmente fazer com que elas se alimentem entre si."

"Guillermo Velasco and colleagues at Complutense University in Spain have found that the active ingredient in marijuana, THC, causes brain cancer cells to undergo a process called autophagy. Autophagy is the breakdown of a cell that occurs when the cell essentially self-digests."

"Guillermo Velasco e seus colas na Universidade Complutense na Espanha descobriram que o ingrediente ativo na maconha, o THC faz com que as células cancerígenas cerebrais sofram um processo chamado autofagia. Autofagia é a destruição de uma célula que ocorre quando a célula se auto-digere."

"The team discovered that cannabinoids such as THC had anticancer effects in mice with human brain cancer cells and people with brain tumors. When mice with the human brain cancer cells received the THC, the tumor growth shrank."

"O grupo descobriu que canabinóides como o THC tem efeitos anti-cancerígenos em ratos com células humanas cerebrais cancerígenas e em pessoas com tumor no cérebro. Quando os ratos com as células humanas infectadas receberam THC, o tumor começou a encolher."

Fonte:
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/05/25/AR2006052501729.html


"The largest study of its kind has unexpectedly concluded that smoking marijuana, even regularly and heavily, does not lead to lung cancer."

"O maior estudo do gênero quebrou todas as expectativas concluindo que fumar maconha, mesmo intensivamente e regularmente, não contribui para o surgimento de câncer de pulmão."

Fonte:
http://americanmarijuana.org/Guzman-Cancer.pdf


"The term medical marijuana took on dramatic new meaning in February, 2000 when researchers in Madrid announced they had destroyed incurable brain tumors in rats by injecting them with THC, the active ingredient in cannabis."

"O termo maconha medicinal mudou dramaticamente seu significado em fevereiro de 2000, quando pesquisadores em Madri anunciaram que eles teriam destruído tumores cerebrais incuráveis em ratos por ter injetado THC, o ingrediente ativo na cannabis."

"Most Americans don't know anything about the Madrid discovery. Virtually no major U.S. newspapers carried the story, which ran only once on the AP and UPI news wires, on Feb. 29, 2000."

"A maioria dos americanos não sabem nada sobre essa descoberta em Madri. Nenhum jornal famoso nos Estados Unidos fizeram matéria sobre o assunto. A história só foi exposta por duas redes de notícias: AP e UPI."

"The ominous part is that this isn't the first time scientists have discovered that THC shrinks tumors. In 1974 researchers at the Medical College of Virginia, who had been funded by the National Institute of Health to find evidence that marijuana damages the immune system, found instead that THC slowed the growth of three kinds of cancer in mice - lung and breast cancer, and a virus-induced leukemia."

"A parte sinistra é que essa não é a primeira vez que cientistas descobrem que o THC encolhe tumores. Em 1974, pesquisadores da Universidade de Medicina do estado da Virginia, que foi fundado pelo Instituto Nacional de Saúde para encontrar evidências que a marijuana causa danos ao sistema imunológico, descobriram que ao invés disso, o THC diminuiu o crescimento de três tipo de células cancerígenas em ratos - pulmão, peito e leucemia."

Fonte: http://americanmarijuana.org/pot.shrinks.tumors.html


Se a planta existe há tantos milênios, por que nunca teve a tal "epidemia" do câncer? E como esses estudos contra a maconha se posicionariam diante de David Triplett, Rick Simpson ou qualquer outro? Por que tantos países têm adotado a maconha medicinal recentemente?

Devemos sempre questionar! Não aceite qualquer informação! Procure a fonte! Leia! Informe-se!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Capítulo 2 - Parte XVI

Estabilidade econômica, lucro e livre comércio


Nós acreditamos que em um mercado competitivo, em que se conhecem os fatos, as pessoas se apressariam para comprar o “Mary Jeans” ou as “Camisas de maconha”, já que seriam duradouras e biodegradáveis, além de ser feita com uma planta livre de herbicidas e pesticidas. Algumas das empresas que seguiram esse caminho são “Ecolution”, “Hempstead”, “Marie Mills”, “Ohio hempery”, “Two star dog”, “Headcase” e na Alemanha, “HanfHaus” e outros.

Está na hora de por o capitalismo em prática e deixar que um mercado sem limite de fornecimento e exigir que a consciência “verde” decida o futuro do planeta.

Uma camisa feita de algodão em 1776 custava entre $100 e $200 enquanto uma camisa de cânhamo, de 50 cents a $1. Na década de 1830, as feitas de algodão, que eram mais finas, competiam com as quentes e pesadas camisas de cânhamo, sendo assim uma escolha competitiva.


As pessoas podiam escolher seu vestuário com suas próprias características que queriam em suas roupas. Atualmente não há essa escolha.

A função do cânhamo e as outras fibras naturais deveriam ser determinadas pela oferta da lei e da procura e não pelas excessivas leis proibicionistas, subsídios federais e altas tarifações que tem feito com que os produtos sintéticos substituam os naturais.

Os sessenta anos de supressão governamental resultaram em praticamente alienação pública do incrível potencial das fibras de cânhamo e seus usos.

Usando o cânhamo sozinho ou misturado com o algodão fará com que as camisas, calças e outras peças sejam passadas de geração pra geração. Utilizando as despesas de uma maneira mais inteligente, poderíamos substituir as fibras petroquímicas sintéticas como o náilon e o poliéster por fibras naturais mais resistentes, naturais, baratos, absorventes, biodegradáveis etc.

China, Itália e países da Europa oriental como a Hungria, România e Tchecoslováquia, Polônia e Rússia atualmente fazem mérito de suas pesquisas de milhões de dólares sobre o cânhamo, algodão e seus têxteis – e poderiam fazer bilhões – por ano.

Esses países se formaram pelas suas tradicionais técnicas de tecelagem e agricultura, enquanto os EUA tentam forçar a extinção de uma planta para firmar suas tecnologias sintéticas destrutivas.

Mesmo a mistura de cânhamo com algodão não estiveram disponíveis para venda nos EUA até 1991. Os chineses, por exemplo, foram forçados a aceitar um acordo que estaria implícito que teriam que exportar algodões e rami de qualidade inferior para os EUA.

(National Import/Export Textile Company of Shangal, Personal communication with author, April and May, 1983.)

Quando o livro original “The emperor wears no clothes” começou a aparecer na imprensa, roupas com pelo menos 55% de cânhamo foram importadas da China e Hungria. No ano seguinte, em 1992, quando até o autor, Jack Herer, apareceu na mídia, vários tecidos de 100% cânhamo começaram a aparecer, também vindos da China e Hungria. Em 1998, o comércio de têxteis feitos a partir de cânhamo está em constante crescimento de procura por todo o mundo, vindo de países como Romênia, Polônia, Itália, Alemanha, entre outros.

Na década de 90, mercado do cânhamo foi considerado um dos mais efervescentes por revistas como Rolling Stone, Time, Newsweek, Paper, Times, Der Spiegel etc. Todos eles têm escrito e revivido histórias sobre o cânhamo industrial e seus valores nutritivos.

Em adição, o cânhamo cultivado para biomassa poderia estimular uma indústria de energia gerando até 3 trilhões de dólares anualmente, e ao mesmo tempo melhorar a qualidade do ar e a distribuição das riquezas em áreas rurais e suas comunidades adjacentes, longe dos monopólios centralizados. Mais do que qualquer planta no mundo, o cânhamo é a promessa de uma economia sustentável e ecológica.



O capítulo 1 já pode ser baixado através desse link, que se encontra na parte lateral direita do site! Clique aqui para a versão em inglês. Qualquer dúvida, sugestão ou crítica, poste um comentário.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Capítulo 2 - Parte XV

A criatividade, o fumo e o lazer


A declaração de independência dos EUA reconhece que existem “direitos inalienáveis” da “vida, liberdade e busca da felicidade”. As decisões judiciais posteriores tem inferido nos direitos de privacidade e escolha determinados pela declaração e pela constituição americana e suas alterações.

Muitos artistas e escritores têm usado a cannabis para estimular a sua criatividade – desde os autores de obras-primas religiosas até os mais satíricos.

Isso inclui Lewis Carroll e sua lagarta que fumava em narguilé em “Alice no país das maravilhas”, e também Victor Hugo e Alexander Dumas. Alguns astros do jazz, como Louis Armstrong, Cab Calloway, Duke Ellington e Gene Krupa; e o padrão continua até a os dias de hoje – The Eagles, The Doobie Brothers, Bob Marley, Rolling Stones, Willie Nelson, Buddy Rich, Country Joe & The Fish, Joe Walsh, David Carradine, David Bowie, Iggy Pop, Lola Falana, Hunter S. Thompson, Peter Tosh, The Grateful Dead, Cypess Hill, Sinead O’Connor, Black Crowes etc.

É claro, a criatividade realça em alguns, mas não em todos.

Durante a história, vários grupos “caretas” e proibicionistas têm tentado e ocasionalmente conseguem banir substâncias como o álcool, tabaco e a cannabis, que eram as preferidas dentre todos para o relaxamento.

Abraham Lincoln respondeu a esse tipo de mentalidade repressiva em dezembro de 1840, quando disse:
Proibição... vai além dos limites da razão e tenta controlar a vontade do homem pela legislação e vê crimes aonde não há... As leis proibicionistas desferem um golpe em todos os princípios em que foi fundado o nosso governo.



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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Capítulo 2 - Parte XIV

Materiais de construção e habitações

Como 4 mil metros quadrados (1 acre) de cânhamo produz fibra de celulose tanto quanto 16 mil metros quadrados (4,1 acres) de árvores*, ele é o melhor material para substituir as árvores utilizadas na produção de vários tipos de madeira e no concreto utilizado nas construções.

* Dewey & Merrill, Bulletin #404, United States Dept. of Agriculture, 1916.

Material barato para construção barato, com resistência ao fogo, prático e com excelente isolamento acústico, é feito aquecendo e comprimindo as fibras das plantas para criar painéis bem sólidos, substituindo o drywall e a madeira compensada.

A corporação William B. Conde of Conde’s Redwood Lumber, Inc., próximo de Eugene, Oregon, em conjunto com Washington State University (1991-1993), demonstrou a superioridade dos materiais de construção feitos de cânhamo: mais vigoroso, flexível e econô
mico se comparado as fibras e vigas de madeira.

Isochanvre, um material de construção francês redescoberto feito de barreiras de cânhamo misturadas com cal, se petrifica em um estado mineral e dura séculos. Arqueólogos encontraram uma ponte no sul da França do período merovíngio (500-751 D.C.) que foi construída dessa forma.

(See Chènevotte Habitat of René, France in Appendix I of the paper version of this book.)

O cânhamo tem sido usado por toda a história para revestir tapetes. A fibra tem grande potencial na fabricação de tapetes rijos, mas não resistentes – eliminando a fumaça tóxica da queima comercial ou caseira de materiais sintéticos, junto com reações alérgicas associadas às novas práticas sintéticas de tapeçaria.



Canos PVC podem usar celulose de cânhamo (que é renovável) como matéri
a-prima, substituindo as não renováveis, como o carvão ou químicas com base no petróleo. E assim nos poderemos ter uma visão da construção de uma casa no futuro, construída, pintada e mobiliada pela melhor fonte renovável – o cânhamo.


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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Capítulo 2 - Parte XIII

Óleos vegetais e proteínas

Sementes de maconha eram regularmente usadas em mingais, sopas, sopas de aveia e praticamente toda a população mundial até esse século. Para os monges, era exigida a ingestão de pratos de sementes de cânhamo três vezes por dia, tecer suas roupas com esse material e fazer suas bíblias com a sua fibra.


(See Rubin, Dr. Vera, “Research institute for the Study of Man”; Eastern Orthodox Church; Cohen & Stillman, Therapeutic Potential of Marijuana, Plenum Press, 1976; Abel, Ernest, Marijuana, The First 12,000 Years, Plenum Press, NY, 1980; Encyclopædia Brittanica.)


Óleos altamente nutritivos podem ser extraídos das sementes, contendo a maior variedade de ácidos graxos essenciais do reino vegetal. Eles são responsáveis pelas nossas reações imunológicas e para limpeza das artérias.

Os subprodutos desses extratos têm as proteínas de seed cake da mais alta qualidade. Ela pode ser germinada (maltada) ou cozida em bolos, pães e em caçarola italiana. As proteínas encontradas na semente de maconha são umas das mais completas e excelentes da humanidade. Semente de maconha é a fonte mais completa de nutrição humana.


(Veja o debate sobre os edistins e os ácidos graxos essenciais, capítulo 8)


A semente de cânhamo era – até a proibição em 1937 – a mais usada em alimentos para pássaros, tanto silvestres quanto domésticos. Era a semente favorita dele
s*; cerca de quase dois milhões de quilos de sementes de cânhamo eram vendidas a varejo nos EUA em 1937. Os pássaros sempre escolhiam, dentre várias misturadas, a semente de cânhamo. Os que tinham essa semente na sua dieta viviam e reproduziam mais, usando o óleo para plumagem e para uma saúde balanceada.

(Veja mais no capítulo 8, “O cânhamo como alimento-base para o mundo.)

*Testemunho do Congresso dos EUA, 1937; “Pássaros canoros não cantarão sem ela”, os produtores de alimentos de pássaro alegaram ao Congresso. Resultado: sementes de maconha esterilizadas começaram a ser importadas para os EUA da China, Itália e outros países.

As sementes não são capazes de entorpecer humanos ou os pássaros. Apenas minúsculos traços de THC são encontrados na semente.

Elas também são a isca preferida de muitos pescadores na Europa. Os pescadores compram pacotes de sementes de cânhamo em lojas de iscas, lançam em rios e lagoas, deixando os peixes alvoroçados e acabam sendo pegos pelo anzol.


Nenhuma outra isca é tão eficiente, fazendo com que ela se torne o mais desejado e nutritivo alimento por humanos, pássaros e peixes.


(Jack Herer’s personal research in Europe.) (Frazier, Jack, The Marijuana Farmers, Solar Age Press, New Orleans, LA, 1972.)

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Capítulo 2 - Parte XII

A maconha como medicação

De 1842 até meados de 1890, uma maconha muito potente (nesse tempo conhecida como extratum de cannabis) e extratos de haxixe, tinturas e elixires eram o segundo e terceiro remédios mais usados na América por humanos (do nascimento até a velhice) e em medicina veterinária até um pouco mais da década de 20.

(Veja mais no capítulo 6, “A maconha como medicação” e no capítulo 13, “Século XIX”)




Como foi dito antes, por pelo menos 3.000 anos, principalmente em 1842, vastos extratos de maconha (flores, folhas, raízes etc) eram os mais comuns e amplamente usados na maioria das enfermidades humanas.


Porém, na Europa ocidental, a Igreja Católica Romana proibiu o uso da cannabis e qualquer tratamento médico, exceto por álcool e a sangria, por mais de
1200 anos.

(Veja mais no capítulo 10, “Sociologia”)



O registro e a tributação começaram a ser exigidos pela tesouraria nacional dos EUA para o uso profissional da maconha medicinal.
Fonte: http://www.glenwoodsmith.com/

A farmacopéia estadunidense indicava que a cannabis deveria ser utilizada para o tratamento de: fadiga, crises de tosse, reumatismo, asma, delirium tremens*, enxaqueca, cólicas e depressões menstruais.


(Professor William Emboden, Professor of Narcotic Botany, California State University, Northridge.)

*O delirium tremens é uma psicose causada pela abstinência ou suspensão do uso de drogas ou medicamentos frequentemente associada ao alcoolismo, mas que também pode se apresentar com o uso prolongado ou abusivo de benzodiazepínicos ou barbitúricos. Assim, é uma forma mais intensa e complicada da abstinência.

Fonte: Wikipédia.


A rainha Vitória (que reinou durante 63 anos e foi chefe de estado d
e todo o Império Britânico que ainda incluíam Canadá, Austrália, Índia e vastos territórios na África) usava resina de maconha para as suas cólicas menstruais e suas TPMs. Seu reinado, que foi de 1837 até 1901, aconteceu em paralelo ao enorme crescimento do uso da cannabis indiana como medicamento nas partes do mundo em que se falava inglês.

Nesse século, pesquisas sobre a cannabis têm mostrado valores terapêuticos – e em completa segurança – no tratamento de muitos problemas de saúde, incluindo asma, glaucoma, náuseas, tumores, epilepsia, infecções, estresse, enxaquecas, anorexia, depressão, reumatismo, artrite e possivelmente herpes.


(Veja o capítulo 7, “Usos terapêuticos da cannabis”)

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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Capítulo 2 - Parte XI

Óleos para iluminação


Até cerca de 1800, óleo de semente de maconha era o mais consumido para iluminação na América e no mundo. Mas até que em 1870, começou a perder para o óleo de baleia e passou a ser o segundo mais usado.

Óleos de cânhamo acenderam lâmpadas de muita gente: o legendário Ala
din, Abraham, o profeta, e na vida real, Abraham Lincoln. Era o óleo que mais brilhava.

Depois da descoberta de petróleo na Pensilvânia em 1859 e a administração do petróleo nacional iniciada em 1870 por Rockefeller, a prática foi substituída por petróleo, querosene etc.

Aliás, o célebre botânico Luther Burbank afirmou: “A semente [de cannabis]
é valorizada em outros países pelo seu óleo, e o seu abandono aqui explica o desperdício dos nossos recursos na agricultura.”

(Burbank, Luther, How Plants Are Trained To Work For Man, Useful Plants,
P.F. Collier & Son Co., NY, Vol. 6, pg. 48.)

Energia da Biomassa

No começo do século 20, Henry Ford e outros engenheiros que eram considerados gênios e futurísticos por defenderem o uso da energia da biomassa (a herança intelectual e científica ainda são referência), concordaram em um ponto: mais de 90% de todos os combustíveis fósseis usados no mundo hoje em dia (carvão, petróleo, gás natural etc) já, há muito tempo, deveriam ter sido substituídos pela biomassa de milho, cannabis, resíduos de papel e similares.

*O governo e corporações de petróleo e carvã
o, etc; irão sempre teimar que a queima de combustíveis de biomassa não são melhores que os combustíveis fósseis, assim como a poluição; mas isso é evidentemente falso.

E por quê?

Diferente dos combustíveis fósseis, a biom
assa vem de plantas (não extintas) que continuam a exonerar o dióxido de carbono da nossa atmosfera enquanto elas crescem, pela fotossíntese. Ainda mais, combustíveis de biomassa não contém enxofre.


Isso pode ser realizado se o cânhamo for plantado para biomassa e então convertido por pirólise (aquecimento a altas temperaturas) ou pela compostagem de bioquímicos em combustíveis para substituir o uso do combustível fóssil*.


*Notavelmente, considerando que o nosso planeta tem climas e solos muito distintos, a cannabis é pelo menos quatro vezes mais rica, auto-sustentável, potente em biomassa e celulose renováveis do que todas as plantas concorrentes – milho, cana-de-açúcar, árvores kenaf etc.

(Solar Gás, 1980; Omni, 1983; Cornell University; Science Digest, 1983; etc.)

Veja também o capítulo 9, “Ciência da economia”.


Um dos frutos da pirólise, o metanol, é usado hoje pela maioria dos carros de corrida e foi utilizado na rotina de muitos fazendeiros norte-americanos desde 1920, quando começou a disputa petróleo x metanol.


Metanol pode também ser convertido gasolina lead free (sem chumbo) de alta octanagem por meio de um processo catalítico desenvolvido pela Universidade de Tecnologia da Geórgia em parceria com a Corporação Mobil Oil.



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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Capítulo 2 - Parte X

Telas para pintura

O cânhamo é perfeito para arquivamento.

As pinturas de Van Gogh, Gainsborough, Rembrandt etc; foram principalmente pintadas em telas de cânhamo, como praticamente todas as pinturas.

O cânhamo é uma fibra lustrosa e forte, resiste ao calor, fungos, insetos e não é danificada pela luz. Pinturas a óleo em telas de cânhamo ou linho estão em condições excelentes por séculos.


Auto-retrato de Vincent Van Gogh feito em uma tela de cânhamo.



Pinturas e Vernizes

Por milhares de anos, praticamente todas as excelentes pinturas e vernizes eram feitos com óleo de semente de cânhamo ou de linho.

Por exemplo, só em 1935, 58 mil toneladas* de sementes de cânhamo foram usadas nos EUA para pintura e verniz. Os negócios de óleo seco** de maconha se converteram principalmente nos petroquímicos da Dupont.


*O instituto nacional de produtos oleaginosos (óleos de semente) testemunha contra o 1937 Marijuana Transfer Tax Law.

Como comparação, considere que a DEA (Drug enforcement administration), junto com todas as agências policiais estatais e locais de todos os EUA, alega ter confiscado mais de 700 toneladas de cultivos de maconha; sementes, plantas, raízes e todos os resquícios durante o ano de 1996. Até a própria DEA admite que entre 94 e 97 por cento de todas as plantações de câ
nhamo que foram apreendidas e destruídas desde 1960 eram plantações silvestres crescendo naturalmente e não poderiam ser usadas para o fumo.

**Tradução de drying oil.


O selo Marijuana Tax Act estabelecia total controle governamental sobre a planta. Esse selo nunca esteve disponível para uso privado.

O congresso e o departamento de tesouraria foram assegurados através de
um depoimento secreto dado pela Dupont entre 1935-37 diretamente para Herman Oliphant, chefe conselheiro do departamento de tesouraria, que o óleo de semente de cânhamo seria substituído por óleos petroquímicos sintéticos feitos principalmente pela própria Dupont.

Oliphant foi exclusivamente responsável pela elaboração do Marijuana Tax Act* que foi apresentado pelo Congresso. (Veja a história completa no capítulo 4, “Os últimos dias da cannabis legal.”)


*O Marijuana Tax Act ou Ato fiscal da Maconha, elaborado em 1937, foi um grande passo em direção a criminalização da maconha nos EUA. Foi introduzido no Congresso pelo comissário da FBN (Federal Bureau of Narcotics) Harry Jacob Anslinger.

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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Capítulo 2 - Parte IX

Cordame, retrós e torçais

Praticamente todos os municípios, cidades e vilas (desde tempo
s imemoriais) no mundo tiveram alguma indústria para a produção de cordas feitas de cânhamo. A Rússia, contudo, era a melhor e maior fabricante de qualidade, fornecendo 80% de todo o cânhamo ocidental de 1740 até 1940.

Thomas Paine delineou 4 fontes naturais essenciais para a nova nação no “Common Sense” (um folheto de sua autoria, publicado em 1776): “cordame, ferro, madeira e alcatrão” (cordage, iron, timber and tar). O melhor dentre eles era o cânhamo para o cordame. Ele escreveu:

“O cânhamo floresce mesmo quando muito abundante, por isso não devemos temer por falta de cordame.”

- Trecho de “Common Sense”, Pode ser encontrado em http://books.google.com.br/

E então ele prosseguiu a listar outros materiais essenciais para a guerra contra a marinha britânica, como canhões, pólvora etc.

Entre 70 e 90 por cento de todas as cordas, retrós e torçais eram feitos de cânhamo até 1937. Então foi substituído em sua maior parte por fibras petroquímicas (propriedades principalmente da Dupont sob licença de patentes da companhia alemã I.G. Corporation) e por Manila (abacá) de cânhamo, com amarras de aço às vezes entrelaçadas para fortificação – trazida da nova possessão americana, as pacíficas Filipinas, confiscada da Espanha como compensação à guerra Hispano-Americana de 1898.


Mapa das Filipinas (Capital: Manila). Situa-se no oriente. Próximo a China, Malásia, Vietnã, Indonésia etc.

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Capítulo 2 - Parte VIII

Nossos ancestrais eram muito econômicos para sair jogando coisa fora. Então, até 1880, qualquer sucata ou sobra de roupas eram todas misturadas e recicladas para produzir papel.

O papel de algodão, contendo fibra de cânhamo, é o papel de maior qualidade e duração já feito. Ele pode rasgar quando mo
lhado, mas ao secar, sua robustez volta completamente. Exceto por condições extremas, o rag paper permanece estável por séculos. O papel praticamente não se desgasta. Muitos dos papéis do governo dos EUA foram escritos, por lei, em rag paper feito de cânhamo até meados de 1920.

Estudiosos creem que o inicio do conhecimento ou da arte chinesa sobre a fabricação de papel de cânhamo (1º século D.C. – 800 anos antes de o Islã descobrir como fazer e entre 1.200 e 1.400 anos antes da Europa) foi uma das duas razões principais para que o a sabedoria e ciência oriental fossem imensamente superiores à ocidental por 1.400 anos. Assim, a arte da produção de papel de cânhamo duradouro permitiu que os orientais acumulassem conhecimento que fosse passado adiante, usado como referência, investigado, aperfeiçoado, contestado e mudado geração após geração (em outras palavras, um saber acumulado e abrangente).

A outra razão para que a sabedoria e a ciência oriental mantivessem superioridade à ocidental por 1.400 anos foi que a Igr
eja Católica Romana proibiu a leitura e escrita para 95% do povo europeu. Além disso, eles queimaram, perseguiram ou proibiram todos os livros nacionais e internacionais – incluindo a própria bíblia! Por mais de 1.200 anos com punições e às vezes a frequentemente utilizada pena de morte. Por causa disso, muitos historiadores chamam esse período de “The dark ages” (Idade das trevas) (476 D.C. – 1000 D.C., quiçá até a época da Renascença).

(Veja o capítulo 10, Sociologia)


A perseguição na Idade Média.
(“Persecution in the Dark Ages”)
Fonte: http://www.thebaptist.org/persecuted.htm


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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Capítulo 2 - Parte VII

Fibra e o papel de celulose

Até 1883, 75-90% de todo o papel produzido no mundo era feito de fibra de cânhamo de cannabis, incluindo livros, Bíblias, mapas, papel moeda, ações e títulos, jornais etc. A bíblia de Gutenberg* (século XV); Pantagruel e Gargântua*, de François Rabelais (século XVI); a Bíblia KJV* (século XVII); os trabalhos de Fitz Hugh Ludlow, Mark Twain, Victor Hugo, Alexander Dumas; o famoso “Alice no país das maravilhas” de Lewis Carroll (século XIX); isso tudo e a maioria das coisas eram impressas em papel de cânhamo.


Bíblia de Gutenberg

*Nessa obra de Rabelais (escritor, médico e padre francês), existe uma chamada “erva de pantagruel” que posteriormente seria confirmada como a própria maconha.

A erva “pantagruelion” no épico Pantagruel e Gargântua, de Rabelais, foi identificada como maconha já em 1854 na monografia de Leon Fay “Rabelais, botânica” (Angers, 1854). Fay mostrou que a descrição de Rabelais da erva “pantagruelion” não é só botanicamente precisa, mas “tão cheia de vida como a própria erva”.


Fonte: http://www.veryimportantpotheads.com/site/rabelais.htm


*A bíblia KJV foi publicada pela primeira vez em 1611 e foi revolucionária na sua tradução. KJV signifca “King James Version”, a versão do Rei Jaime I.


Fonte: Wikipédia


O primeiro esboço da declaração de independência dos EUA (28 de junho de 1776) foi escrita em um papel holandês (feito de cânhamo), assim como o segundo esboço, concluído em 2 de julho de 1776. Esse foi o documento que de fato se assentou naquele dia.
No dia 4 de julho de 1776, foi anunciado e liberado, e no dia 19 de julho do mesmo ano, o congresso ordenou que a declaração devesse ser copiada e feita a escritura em um pergaminho preparado em pele animal e esse foi o documento em que, no dia 2 de agosto de 1776, os deputados assinaram.

O papel de cânhamo dura entre 50 e 100 vezes mais que as preparações de papiro e era muito mais fácil e barato de produzir.


O que os colonos americanos e o resto do mundo costumavam fazer era produzir papel reciclado com as sobras das lonas e das cordas que os donos dos navios consideravam como sucata.


O resto do papel
vinha de roupas desgastadas, lençóis, fraldas, cortinas e trapos* vendidos para sucateiros. Tudo isso era feito principalmente de cânhamo e às vezes linho. *Daí que vem o termo rag paper (cotton paper), que seria o papel de fibra de tecido, no caso, o de algodão, que é de qualidade superior. Fraldas feitas de cânhamo sendo vendidas atualmente.
Fonte:
http://www.babysorganicnursery.com/





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