segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Capítulo 2 - Parte XIX


Semeando a ideia


Em maio, depois de vários encontros com Timkin, Scripps pediu que McRae investigasse a possibildade de usar o decorticador na produção de papel para impressão. McRae ficou muito empolgado com a idéia. Ele chamou o decorticador de “uma grande invenção... que não só vai render um grande serviço ao país, mas como vai ser um grande lucro... ele pode revolucionar as condições atuais.” No dia 3 de agosto, próximo a época da colheita, um encontro foi marcado entre Schlichten, McRae e o administrador do jornal, Ed Chase.


Sem o conhecimento de Schlichten, McRae pediu para que seu secretário gravasse a conversa em taquigrafia*. O documento resultante dessa gravação, que mostra o extenso conhecimento de Schlichten encontrada até hoje, está disponível integralmente no apêndice do livro.




*Taquigrafia ou estenografia (do grego taqui = rápido e grafia = escrita) é um termo geral que define todo método abreviado ou simbólico de escrita, com o objetivo de melhorar a velocidade da escrita ou a brevidade, em comparação a um método padrão de escrita.

Fonte: Wikipédia.

Schlichten estudou minuciosamente uma grande variedade de plantas utilizadas para a produção de papel, entre eles, o milho, algodão, iúca, teixo etc. O cânhamo parecia ser a sua favorita:

“A produção de cânhamo é um grande êxito e fará papel da mais alta qualidade, diferente dos habituais em estoque.”


O seu papel de cânhamo ainda era melhor do que o produzido pela USDA (departamento de agricultura dos EUA), ele reivindica, até porque o decorticador eliminou o processo de maceração, deixando para trás apenas pequenas fibras e uma cola natural que mantinha o papel todo junto.

Os níveis de produção de cânhamo em 1917 fizeram com que Schlichten produzisse antecipadamente 50 mil toneladas de papel por ano com o preço de $25 a tonelada. Isso era menos que 50% do preço das folhas de impressão da época! E como todo hectare de produção de cânhamo vira papel, Schlichten acrescenta, preservaria 5 hectares de florestas.

McRae estava muito impressionado por Schlichten. O homem que participou de refeições em que estavam os presidentes e os capitães da indústria, escreveu para Timken:

“Eu quero deixar claro que o Mr. Schlichten realmente me impressionou sendo um homem de um grande intelecto e habilidade, e até onde posso ver, ele inventou e construiu uma máquina maravilhosa.”

Ele ordenou que Chase passasse o maior tempo possível com Schlichten e preparasse o relatório.

O capítulo 1 já pode ser baixado através desse link, que se encontra na parte lateral direita do site! Clique aqui para a versão em inglês. Qualquer dúvida, sugestão ou crítica, poste um comentário.

sábado, 27 de novembro de 2010

O papel da maconha no combate ao câncer

O tema é muito polêmico e pode gerar reações de todos os tipos. O conteúdo a seguir tem o objetivo de mostrar uma das várias características da planta. O THC é a substância psicoativa principal da planta e tem se mostrado cada vez mais abrangente no tratamento de doenças. Por mais que existam milhares de estudos a seu respeito, ainda é uma molécula muito misteriosa. Sua capacidade e efetividade tem se mostrado controversa por alguns cientistas.


Não tenho experiência nenhuma e claro que sou completamente leigo na área médica, mas a quantidade de informação que tenho visto por aí (estudos, documentários, vídeos, depoimentos) me faz acreditar muito no potencial dessa plantinha. No final do post tem vários trechos de vários estudos diferentes para consulta, tem bastante conteúdo.


As qualidades são incontáveis e discutíveis, mas nesse post quero frisar só o que vem sido 'especulado' sobre as atividades antineoplásicas da cannabis.

Antineoplásicos são medicamentos utilizado para destruir neoplasmas ou células malignas e, tem a finalidade de evitar ou inibir o crescimento e a disseminação de tumores.


O governo americano sabe desde 1975 que a maconha tem essa característica e por anos tentou esconder o primeiro estudo que chegou a essa conclusão.


A verdade começa a vir a tona...


Rick Simpson sofreu um acidente e começou a usar o óleo da semente de cânhamo para se tratar. Quando percebeu que o extrato era capaz até de combater o câncer, fez um documentário em que se explica tudo: como ele tratou os pacientes, como fazer o óleo, a dosagem etc.

É importante frisar que ele até se posiciona contra o fumo, alegando ser muito pouco provável que se tenham os mesmos resultados. Hoje em dia, Rick está na Europa pois essa prática que já salvou vidas ainda se encontra "ilegal".

Esses dias, descobri que um americano chamado David Triplett utilizou o extrato para combater seu câncer de pele. Ao pesquisar e se deparar com os resultados do tratamento convencional, ficou muito assustado e resolveu pesquisar sobre métodos alternativos. Um amigo acabou indicando o filme de Rick Simpson, Run from the cure.

David fez um vídeo explicando como ele chegou até a cannabis e porquê. Ele registrou seu tratamento de câncer de pele com fotos, comparou com o convencional e mostra o quão efetivo o extrato pode ser. É extremamente importante que esse vídeo seja passado adiante!

Em parceria com o Hempadão, mais uma tradução exclusiva:



E agora alguns trechos de estudos que mostram o poder antineoplásico da cannabis:



"Cannabis may be bad for the lungs, but the active ingredient in marijuana may help combat lung cancer, new research suggests."

"A cannabis pode ser ruim para os pulmões, mas o componente ativo pode ajudar a combater o câncer de pulmão, sugerem pesquisas."

"Moreover, other early research suggests the cannabis compound could help fight brain, prostate, and skin cancers as well, Preet says."

"Além disso, novas pesquisas sugerem que o composto encontrado na cannabis pode ajudar a combater câncer de cérebro, próstata e de pele também, Preet diz."

"In the new study, the researchers first demonstrated that THC inhibited the growth and spread of cells from two different lung cancer cell lines and from patient lung tumors. Then, they injected THC into mice that had been implanted with human lung cancer cells. After three weeks, tumors shrank by about 50%, compared with tumors in untreated mice. "

"Em um novo estudo, pesquisadores pela primeira vez demonstraram que o THC inibiu o crescimento e propagação de células de duas diferentes linhas de células de câncer de pulmão e de tumores nos pulmões dos pacientes. E então injetaram THC em ratos que tiveram células de câncer de pulmão humano implantadas. Depois de três semanas, os tumores se reduziram 50% se comparado aos tumores dos ratos não tratados com THC."

Fonte:
http://www.webmd.com/lung-cancer/news/20070417/marijuana-may-fight-lung-tumors


"The active chemical in marijuana promotes the death of brain cancer cells by essentially helping them feed upon themselves, researchers in Spain report."

"O componente químico ativo na maconha promove a morte das células cancerígenas no cérebro por essencialmente fazer com que elas se alimentem entre si."

"Guillermo Velasco and colleagues at Complutense University in Spain have found that the active ingredient in marijuana, THC, causes brain cancer cells to undergo a process called autophagy. Autophagy is the breakdown of a cell that occurs when the cell essentially self-digests."

"Guillermo Velasco e seus colas na Universidade Complutense na Espanha descobriram que o ingrediente ativo na maconha, o THC faz com que as células cancerígenas cerebrais sofram um processo chamado autofagia. Autofagia é a destruição de uma célula que ocorre quando a célula se auto-digere."

"The team discovered that cannabinoids such as THC had anticancer effects in mice with human brain cancer cells and people with brain tumors. When mice with the human brain cancer cells received the THC, the tumor growth shrank."

"O grupo descobriu que canabinóides como o THC tem efeitos anti-cancerígenos em ratos com células humanas cerebrais cancerígenas e em pessoas com tumor no cérebro. Quando os ratos com as células humanas infectadas receberam THC, o tumor começou a encolher."

Fonte:
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/05/25/AR2006052501729.html


"The largest study of its kind has unexpectedly concluded that smoking marijuana, even regularly and heavily, does not lead to lung cancer."

"O maior estudo do gênero quebrou todas as expectativas concluindo que fumar maconha, mesmo intensivamente e regularmente, não contribui para o surgimento de câncer de pulmão."

Fonte:
http://americanmarijuana.org/Guzman-Cancer.pdf


"The term medical marijuana took on dramatic new meaning in February, 2000 when researchers in Madrid announced they had destroyed incurable brain tumors in rats by injecting them with THC, the active ingredient in cannabis."

"O termo maconha medicinal mudou dramaticamente seu significado em fevereiro de 2000, quando pesquisadores em Madri anunciaram que eles teriam destruído tumores cerebrais incuráveis em ratos por ter injetado THC, o ingrediente ativo na cannabis."

"Most Americans don't know anything about the Madrid discovery. Virtually no major U.S. newspapers carried the story, which ran only once on the AP and UPI news wires, on Feb. 29, 2000."

"A maioria dos americanos não sabem nada sobre essa descoberta em Madri. Nenhum jornal famoso nos Estados Unidos fizeram matéria sobre o assunto. A história só foi exposta por duas redes de notícias: AP e UPI."

"The ominous part is that this isn't the first time scientists have discovered that THC shrinks tumors. In 1974 researchers at the Medical College of Virginia, who had been funded by the National Institute of Health to find evidence that marijuana damages the immune system, found instead that THC slowed the growth of three kinds of cancer in mice - lung and breast cancer, and a virus-induced leukemia."

"A parte sinistra é que essa não é a primeira vez que cientistas descobrem que o THC encolhe tumores. Em 1974, pesquisadores da Universidade de Medicina do estado da Virginia, que foi fundado pelo Instituto Nacional de Saúde para encontrar evidências que a marijuana causa danos ao sistema imunológico, descobriram que ao invés disso, o THC diminuiu o crescimento de três tipo de células cancerígenas em ratos - pulmão, peito e leucemia."

Fonte: http://americanmarijuana.org/pot.shrinks.tumors.html


Se a planta existe há tantos milênios, por que nunca teve a tal "epidemia" do câncer? E como esses estudos contra a maconha se posicionariam diante de David Triplett, Rick Simpson ou qualquer outro? Por que tantos países têm adotado a maconha medicinal recentemente?

Devemos sempre questionar! Não aceite qualquer informação! Procure a fonte! Leia! Informe-se!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Capítulo 2 - Parte XVI

Estabilidade econômica, lucro e livre comércio


Nós acreditamos que em um mercado competitivo, em que se conhecem os fatos, as pessoas se apressariam para comprar o “Mary Jeans” ou as “Camisas de maconha”, já que seriam duradouras e biodegradáveis, além de ser feita com uma planta livre de herbicidas e pesticidas. Algumas das empresas que seguiram esse caminho são “Ecolution”, “Hempstead”, “Marie Mills”, “Ohio hempery”, “Two star dog”, “Headcase” e na Alemanha, “HanfHaus” e outros.

Está na hora de por o capitalismo em prática e deixar que um mercado sem limite de fornecimento e exigir que a consciência “verde” decida o futuro do planeta.

Uma camisa feita de algodão em 1776 custava entre $100 e $200 enquanto uma camisa de cânhamo, de 50 cents a $1. Na década de 1830, as feitas de algodão, que eram mais finas, competiam com as quentes e pesadas camisas de cânhamo, sendo assim uma escolha competitiva.


As pessoas podiam escolher seu vestuário com suas próprias características que queriam em suas roupas. Atualmente não há essa escolha.

A função do cânhamo e as outras fibras naturais deveriam ser determinadas pela oferta da lei e da procura e não pelas excessivas leis proibicionistas, subsídios federais e altas tarifações que tem feito com que os produtos sintéticos substituam os naturais.

Os sessenta anos de supressão governamental resultaram em praticamente alienação pública do incrível potencial das fibras de cânhamo e seus usos.

Usando o cânhamo sozinho ou misturado com o algodão fará com que as camisas, calças e outras peças sejam passadas de geração pra geração. Utilizando as despesas de uma maneira mais inteligente, poderíamos substituir as fibras petroquímicas sintéticas como o náilon e o poliéster por fibras naturais mais resistentes, naturais, baratos, absorventes, biodegradáveis etc.

China, Itália e países da Europa oriental como a Hungria, România e Tchecoslováquia, Polônia e Rússia atualmente fazem mérito de suas pesquisas de milhões de dólares sobre o cânhamo, algodão e seus têxteis – e poderiam fazer bilhões – por ano.

Esses países se formaram pelas suas tradicionais técnicas de tecelagem e agricultura, enquanto os EUA tentam forçar a extinção de uma planta para firmar suas tecnologias sintéticas destrutivas.

Mesmo a mistura de cânhamo com algodão não estiveram disponíveis para venda nos EUA até 1991. Os chineses, por exemplo, foram forçados a aceitar um acordo que estaria implícito que teriam que exportar algodões e rami de qualidade inferior para os EUA.

(National Import/Export Textile Company of Shangal, Personal communication with author, April and May, 1983.)

Quando o livro original “The emperor wears no clothes” começou a aparecer na imprensa, roupas com pelo menos 55% de cânhamo foram importadas da China e Hungria. No ano seguinte, em 1992, quando até o autor, Jack Herer, apareceu na mídia, vários tecidos de 100% cânhamo começaram a aparecer, também vindos da China e Hungria. Em 1998, o comércio de têxteis feitos a partir de cânhamo está em constante crescimento de procura por todo o mundo, vindo de países como Romênia, Polônia, Itália, Alemanha, entre outros.

Na década de 90, mercado do cânhamo foi considerado um dos mais efervescentes por revistas como Rolling Stone, Time, Newsweek, Paper, Times, Der Spiegel etc. Todos eles têm escrito e revivido histórias sobre o cânhamo industrial e seus valores nutritivos.

Em adição, o cânhamo cultivado para biomassa poderia estimular uma indústria de energia gerando até 3 trilhões de dólares anualmente, e ao mesmo tempo melhorar a qualidade do ar e a distribuição das riquezas em áreas rurais e suas comunidades adjacentes, longe dos monopólios centralizados. Mais do que qualquer planta no mundo, o cânhamo é a promessa de uma economia sustentável e ecológica.



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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Capítulo 2 - Parte XV

A criatividade, o fumo e o lazer


A declaração de independência dos EUA reconhece que existem “direitos inalienáveis” da “vida, liberdade e busca da felicidade”. As decisões judiciais posteriores tem inferido nos direitos de privacidade e escolha determinados pela declaração e pela constituição americana e suas alterações.

Muitos artistas e escritores têm usado a cannabis para estimular a sua criatividade – desde os autores de obras-primas religiosas até os mais satíricos.

Isso inclui Lewis Carroll e sua lagarta que fumava em narguilé em “Alice no país das maravilhas”, e também Victor Hugo e Alexander Dumas. Alguns astros do jazz, como Louis Armstrong, Cab Calloway, Duke Ellington e Gene Krupa; e o padrão continua até a os dias de hoje – The Eagles, The Doobie Brothers, Bob Marley, Rolling Stones, Willie Nelson, Buddy Rich, Country Joe & The Fish, Joe Walsh, David Carradine, David Bowie, Iggy Pop, Lola Falana, Hunter S. Thompson, Peter Tosh, The Grateful Dead, Cypess Hill, Sinead O’Connor, Black Crowes etc.

É claro, a criatividade realça em alguns, mas não em todos.

Durante a história, vários grupos “caretas” e proibicionistas têm tentado e ocasionalmente conseguem banir substâncias como o álcool, tabaco e a cannabis, que eram as preferidas dentre todos para o relaxamento.

Abraham Lincoln respondeu a esse tipo de mentalidade repressiva em dezembro de 1840, quando disse:
Proibição... vai além dos limites da razão e tenta controlar a vontade do homem pela legislação e vê crimes aonde não há... As leis proibicionistas desferem um golpe em todos os princípios em que foi fundado o nosso governo.



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