segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Capítulo 2 - Parte XII

A maconha como medicação

De 1842 até meados de 1890, uma maconha muito potente (nesse tempo conhecida como extratum de cannabis) e extratos de haxixe, tinturas e elixires eram o segundo e terceiro remédios mais usados na América por humanos (do nascimento até a velhice) e em medicina veterinária até um pouco mais da década de 20.

(Veja mais no capítulo 6, “A maconha como medicação” e no capítulo 13, “Século XIX”)




Como foi dito antes, por pelo menos 3.000 anos, principalmente em 1842, vastos extratos de maconha (flores, folhas, raízes etc) eram os mais comuns e amplamente usados na maioria das enfermidades humanas.


Porém, na Europa ocidental, a Igreja Católica Romana proibiu o uso da cannabis e qualquer tratamento médico, exceto por álcool e a sangria, por mais de
1200 anos.

(Veja mais no capítulo 10, “Sociologia”)



O registro e a tributação começaram a ser exigidos pela tesouraria nacional dos EUA para o uso profissional da maconha medicinal.
Fonte: http://www.glenwoodsmith.com/

A farmacopéia estadunidense indicava que a cannabis deveria ser utilizada para o tratamento de: fadiga, crises de tosse, reumatismo, asma, delirium tremens*, enxaqueca, cólicas e depressões menstruais.


(Professor William Emboden, Professor of Narcotic Botany, California State University, Northridge.)

*O delirium tremens é uma psicose causada pela abstinência ou suspensão do uso de drogas ou medicamentos frequentemente associada ao alcoolismo, mas que também pode se apresentar com o uso prolongado ou abusivo de benzodiazepínicos ou barbitúricos. Assim, é uma forma mais intensa e complicada da abstinência.

Fonte: Wikipédia.


A rainha Vitória (que reinou durante 63 anos e foi chefe de estado d
e todo o Império Britânico que ainda incluíam Canadá, Austrália, Índia e vastos territórios na África) usava resina de maconha para as suas cólicas menstruais e suas TPMs. Seu reinado, que foi de 1837 até 1901, aconteceu em paralelo ao enorme crescimento do uso da cannabis indiana como medicamento nas partes do mundo em que se falava inglês.

Nesse século, pesquisas sobre a cannabis têm mostrado valores terapêuticos – e em completa segurança – no tratamento de muitos problemas de saúde, incluindo asma, glaucoma, náuseas, tumores, epilepsia, infecções, estresse, enxaquecas, anorexia, depressão, reumatismo, artrite e possivelmente herpes.


(Veja o capítulo 7, “Usos terapêuticos da cannabis”)

O capítulo 1 já pode ser baixado através desse link, que se encontra na parte lateral direita do site! Clique aqui para a versão em inglês. Qualquer dúvida, sugestão ou crítica, poste um comentário.