segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Capítulo 2 - Parte II

A palavra “canvas” (lona, tela) é a pronúncia da língua holandesa (duas vezes removida do Frânces e o Latim) da palavra “Kannabis”*, do grego.

*Kannabis – da (helenizada) língua grega da Bacia do Mediterrâneo, derivada do Persa e antes dos semitas do norte (Quanuba, Kanabosm,
Cana?, Kanah?). Estudiosos descobriram recentemente que o princípio da língua semita indo-européia (que data de 6.000 anos) era a base dos sumérios e dos acadianos. A palavra primitiva suméria/babilônica K(a)N(a)B(a), ou Q(a)N(a)B(a) é uma das palavras primárias da raça humana que sobreviveram por mais tempo durante o decorrer da história.
(“KN” significa cana e “B” significa dois – duas canas ou dois sexos.)

Além das velas de lona, até esse século, praticamente todo o cordame, as cordas das âncoras, as redes das cargas e de pesca, as bandeiras, as mortalhas e inclusive a estopa (a proteção principal dos navios contra a água salgada, usado como selante entre as vigas soltas ou novas) eram feitas com o caule da planta da maconha.

Inclusive o vestuário dos marinheiros, desde a costura das alpargatas, um calçado do tipo sapatilha que pode ser feito em brim ou lona (canva), com solado de corda ou borracha, eram feitos de cannabis*.


*Cargas, clippers (um tipo de veleiro), baleeiros, ou até embarcações navais medianos, nos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX transportavam entre 50 e 100 toneladas de armações feitas de cânhamo, sem mencionar as velas, redes etc., e precisava de reposição a cada dois ou um ano, devido à putrefação causada pelo sal.

(Pergunte a Academia Naval dos EUA, ou veja a construção do USS Constitution*, também conhecido como “Old Ironsides”, Boston Harbor.)



*USS Constitution é o mais antigo navio de guerra ainda em serviço e quem o batizou foi George Washington.


Fonte: Wikipédia

(Abel, Ernest, Marijuana, The First 12,000 Years, Plenum Press, 1980; Ency. Brittanica; Magoun, Alexander, The Frigate Constitution, 1928; USDA film Hemp for Victory, 1942.)


Adicionalmente, os registros, mapas, gráficos e Bíblias dos navios eram feitos de papel contendo fibra de cânhamo, da época de Colombo (século XV) até o início do século XX na Europa ocidental e nos EUA, e pelos chineses desde o século I A.C. O papel feito de cânhamo dura de 50 a 100 vezes mais do que a maioria dos feitos de papiro, além de ser muito mais fácil e barato de produzir.


O mais incrível era que se gastava mais com cânhamo dos navios, cordas, etc. do que na construção das partes de madeira.


Mas o uso do cânhamo não era restrito apenas ao oceano...

O capítulo 1 já pode ser baixado através desse link, que se encontra na parte lateral direita do site!
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